domingo, 13 de março de 2011

“Num barco, no meio de uma tempestade, encontram-se várias pessoas e um porquinho. Eis que alguém tenta acalmar a multidão dizendo: “Olhem para este animal, ele não parece minimamente preocupado com a tempestade.”

(Michel de Montaigne)

Provavelmente podemos afirmar que o facto de sermos racionais nem sempre abona a nosso favor.
Aliás, Michel de Montaigne diria que não teria “esse privilégio da razão, que tanto celebramos e por causa do qual nos consideramos donos e imperadores do restante das criaturas, sido colocado em nós para tormento nosso?”
De que serve sermos racionais se com isso perdemos o sumo da vida, passando a preocuparmo-nos em demasia com tudo o que nos cerca?
Andamos com a cabeça a mil e tudo o que nos acontece, ou que fazemos, é decidido e analisado à lupa.
Surge alguém ou algo novo na nossa vida e o que fazemos?
Tentamos controlar os sentimentos para não nos deixarmos levar ou sonhar, com medo de sofrer.
Parece que afinal a razão poderá ser a causa da nossa falta de repouso e tranquilidade...
Não será que estamos a fazer demasiado uso da nossa razão em detrimento do emocional?
Acabamos, então, por estar em constante luta contra os desígnios da natureza e contra os nossos sentimentos!
Estar mais mental do que nunca poderá estar a impedir-nos de viver pequenas ou grandes e deliciosas experiências de vida.
Está na hora de nos soltarmos um pouco mais e vivermos sem pensar no que os outros possam pensar, deixar os pensamentos negativos sobre o futuro de lado e viver a VIDA!

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