sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Conto: O pacote dos biscoitos

Hoje ouvi contar um conto e não podia deixar de o partilhar.
Já o tinha ouvido antes, mas há muito que não me lembrava dele.
Nem sempre a coisas são como parecem ser.
Seria bom que fossemos mais tolerantes e menos impulsivos nas nossas atitudes perante as situações, em vez de nos percepitármos e começarmos a tirar conclusões.
Devemos parar e observar melhor.
 
"Certo dia uma moça estava à espera de seu voo na sala de embarque de um aeroporto. Como ela deveria esperar por muitas horas resolveu comprar um livro para matar o tempo. Também comprou um pacote de biscoitos. Então ela achou uma poltrona numa parte reservada do aeroporto para que pudesse descansar e ler em paz. Ao lado dela se sentou um homem. Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um. Ela se sentiu indignada, mas não disse nada. Ela pensou para si: Mas que "cara de pau". Se eu estivesse mais disposta, lhe daria um soco no olho para que ele nunca mais esquecesse. A cada biscoito que ela pegava, o homem também pegava um. Aquilo à deixava tão indignada que ela não conseguia reagir. Restava apenas um biscoito e ela pensou: O que será que o "abusado" vai fazer agora? Então o homem dividiu o biscoito ao meio, deixando a outra metade para ela. Aquilo à deixou irada e bufando de raiva. Ela pegou o seu livro e as suas coisas e dirigiu-se ao embarque. Quando sentou confortavelmente em seu assento, para surpresa dela o seu pacote de biscoito estava ainda intacto, dentro de sua bolsa.
Ela sentiu muita vergonha: o homem dividiu os seus biscoitos sem se sentir indignado, enquanto que ela tinha ficado muito transtornada.

Percebeu então que a errada era ela... e sentiu uma imensa vergonha. Ela tinha-se esquecido que os seus biscoitos estavam guardados na bolsa e o homem dividira os biscoitos dele sem se sentir indignado, nervoso ou revoltado... e já não havia forma de se explicar e pedir desculpas..."
 
“Em nossas vidas, por vezes, estamos comendo os biscoitos dos outros, e não temos a consciência de quem está errado somos nós.”