sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Há 200 anos, Benjamin Franklin partilhou com o mundo o segredo do seu sucesso: "Nunca deixar para amanhã, o que se pode fazer hoje", disse ele.
Este é o homem que descobriu a electricidade.
Era de esperar que mais gente lhe tivesse dado ouvidos.
Não sei porque adiamos as coisas, mas se tivesse de adivinhar diria que tem muito a ver com medo.
Medo de falhar, medo de sofrer, medo de ser rejeitado.
Às vezes, é apenas o medo de tomar uma decisão.
Porque... e se estivermos enganados?
E se cometermos um erro que não podemos desfazer?
Seja lá o que for que tememos, uma coisa é verdade, quando a dor de não fazer nada se torna pior do que o medo de fazer, parece que carregamos um grande tumor.
E pensavam que eu estava a falar metaforicamente…
Um ponto a tempo poupa muitos.
Aquele que hesita está perdido.
Não podemos fazer de conta que não nos avisaram.
Todos ouvimos os ditos, ouvimos os filósofos, ouvimos os nossos avós a falarem do tempo perdido, ouvimos o raio dos poetas a dizerem-nos para vivermos o momento.
Mesmo assim, às vezes, temos de ver por nós mesmos.
Temos de cometer os nossos erros.
Temos de aprender as nossas lições.
Temos de varrer a possibilidade para baixo do tapete do amanhã até não podermos mais, até que finalmente percebamos o que o Benjamin Franklin queria dizer.
Que saber é melhor do que especular.
Que acordar é melhor do que dormir.
E que até o maior fracasso, até o pior, o mais crasso dos erros é melhor do que nunca tentar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Há uma pessoa, na minha cabeça.
Ela é brilhante, competente.
Ela sou eu, só que muito melhor.
Mesmo quando era difícil, eu era a pessoa na minha cabeça: "Não consigo fazer isto sozinha."
Mas fechei os olhos e imaginei-me a fazê-lo.
E consegui.
Bloqueei o meu medo.
E consegui.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."

( Madre Teresa de Calcutá )

sábado, 25 de dezembro de 2010

Sabem como, em crianças, acreditávamos em contos de fadas, no Natal, no coelhinho da Páscoa?
Aquela fantasia de como a nossa vida seria… o príncipe encantado que nos levaria para um castelo numa colina.
E, à noite, fechávamos os olhos na cama e tínhamos total e completa fé.
O Pai Natal, a Fada do Dente, o Príncipe Encantado, eles estavam tão próximos de nós.
Mas acabamos por crescer e um dia, abrimos os olhos e o conto de fadas desaparece.
A maioria das pessoas vira-se para aquilo em que confia.
Mas a verdade é que... é difícil esquecer completamente o conto de fadas.
Quase toda a gente ainda tem aquele bocadinho de esperança de fé, de que um dia abrirá os olhos e tudo se tornará realidade.
É como se um dia percebêssemos que o conto de fadas pode ser um pouco diferente do que sonhávamos.
O castelo, bem, poderá não ser um castelo.
E não é tão importante que se seja feliz para sempre.
Só que se é feliz agora.
De vez em quando, muito raramente, alguém pode surpreender-nos.
E, de vez em quando, alguém pode tirar-nos a respiração por momentos.
Quando menos esperamos somos encontrados, por o que temos procurado a vida inteira…

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A inovação é tudo.
Nada se mantém igual por muito tempo.
Ou nos adaptamos à mudança...
Mudança…
Não gostamos dela, receamo-la.
Mas não podemos impedir que chegue.
Ou nos adaptamos à mudança ou ficamos para trás...
Qualquer pessoa que diga o contrário, está a mentir.
Mas esta é a verdade.
Por vezes, quanto mais as coisas mudam mais ficam na mesma.
Por vezes... por vezes mudar é bom.
Por vezes… mudar é... TUDO.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O jogo…
Dizem que ou se tem talento para jogar ou não se tem.
Há quem seja talentoso para o jogo, eu, por outro lado... sou um bocado lixada.
Como eu tinha dito estou lixada.
Não consigo pensar em nenhuma razão para continuar... mas consigo pensar em 1000 razões para desistir.
Dificultam-me a vida de propósito.
Chega uma altura em que é mais do que um jogo... e ou dás esse passo em frente ou dás meia volta e desistes.
Eu podia desistir, mas há uma coisa... adoro o campo do jogo.
Então... tenho sobrevivido a tantas jogadas.
Todos sobrevivemos.
Terei assim tanto interesse em chegar ao final neste jogo?
O que ganho afinal?
O prémio nem vale o desgaste. Nem considero tal como prémio.
Ainda tenho tantos trunfos na mão…
Tenho mais cartas para dar do que para levar…
Nunca joguei para perder, continuo em jogo?
Continuo?
Humm… Não sei, talvez.
Tem tudo a ver com limites.
A meta do fim…
Ficar à espera da oportunidade de lançar os dados.
E o mais importante de tudo: o limite que nos separa de algumas pessoas.
As outras pessoas são demasiado complicadas.
Tem tudo a ver com marcos.
Erguer marcos na areia e esperar ardentemente que ninguém os ignore.
A certa altura, na altura certa, há que tomar decisões.
Os limites não mantêm as outras pessoas à distância.
Eles aprisionam-nos.
A vida até parece complicada.
Somos feitos assim, então podemos desperdiçar a vida a impôr limites... ou podemos vivê-la a ultrapassá-los.
Mas há alguns limites que é demasiado perigoso ultrapassar.
Há outros limites que nem vale a pena ultrapassar, ignorá-los é o pior que podemos fazer, é o trunfo mais forte…
Aqui está o que eu sei: se quisermos arriscar... a vista do outro lado... é espectacular.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Gostamos de pensar que somos seres racionais...
Humanos...
Conscienciosos...
Civilizados...
Pensantes.
Mas quando as coisas se descontrolam, mesmo que só um pouco... torna-se evidente... não somos melhores do que os animais.
Temos polegares opostos...
Raciocinamos...
Caminhamos erectos...
Falamos...
Sonhamos...
Mas no fundo, todos nós ainda estamos enraizados no lodo primitivo, mordendo, arranhando, lutando por uma existência no frio, como no mundo sombrio dos sapos e das preguiças de três dedos.
Há um pequeno animal em todos nós, e talvez seja algo para celebrar.
O nosso instinto animal é o que nos faz procurar conforto, calor humano, um grupo com quem andar.
Podemos sentir-nos enjaulados...
Podemos sentir-nos presos... mas ainda assim, como humanos, podemos encontrar formas de nos sentirmos livres.
Somos os guardiães uns dos outros.
Somos os guardiães da nossa própria humanidade.
E mesmo que haja uma besta dentro de todos nós, o que nos distingue dos animais é que podemos pensar, sentir, sonhar e amar.
E contra todas as expectativas... contra todos os instintos... nós evoluímos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Passamos os dias todos rodeados de pessoas em grandes crises.
Perdemos a habilidade de julgar o que é normal em nós próprios ou em quem quer que seja.
E ainda assim, estão constantemente a pedir-nos que digamos como hão-de fazer.
Como é suposto sabermos?
Nem nós sabemos como fazer.
Não me pergunto a razão por que as pessoas ficam malucas.
Pergunto-me porque não ficam face a tudo o que podemos perder num dia, num instante, pergunto-me o que nos faz ser coerentes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Hoje em dia conhecemos o preço de tudo e o valor de nada"
(Óscar Wilde)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eu continuo a sonhar que tenho tudo isto...
Eu estou sempre à esperar por esse algo mais…
Eu continuo a desejar…
Mas em breve algo irá resplandecer.
Tudo vai mudar...
E eu mal posso esperar por hoje e mal posso esperar por amanhã.
E na minha mente isto parece errado.
Mas eu vou viver hoje e eu vou viver amanhã.
Não importa o que será dito ou feito.
Mesmo se estiver errada, não me sai da minha cabeça.
Eu vou continuar à procura…
Eu vou ser cautelosa…
Mas cedo eu irei resplandecer…

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Na vida só há uma coisa certa, para além da morte e dos impostos claro, por muito que tentemos, por muito boas que sejam as nossas intenções, vamos cometer erros.
Vamos magoar pessoas.
Vamos ser magoados.
E se alguma vez quisermos recuperar... só há uma coisa que podemos fazer: Perdoar e esquecer.
É o que se costuma dizer.
É um bom conselho, mas não é muito prático.
Quando alguém nos magoa... também a queremos magoar.
Quando alguém erra connosco... queremos estar certos.
Sem perdão, não se segue em frente... as feridas não saram.
E o que mais podemos desejar é que um dia, tenhamos sorte suficiente para esquecer.

domingo, 28 de novembro de 2010

No início, Deus criou o céu e a terra (pelo menos, é o que dizem).
Ele criou os pássaros do ar e os animais da terra e olhou para a sua criação e viu que era mesmo boa.
Depois Deus criou o Homem e desde então... tudo descambou.
A história continua e diz que Deus criou o Homem à sua imagem, mas não existem muitas provas disso.
Afinal de contas, Deus fez o sol, a lua e as estrelas e tudo o que Homem sabe é arranjar problemas...
E quando o Homem se vê em apuros, ou seja a maior parte do tempo, volta-se para algo maior que ele... para o amor, o destino ou a religião, para que tudo faça sentido.
Mas o milagre da vida, a razão das pessoas viverem e morrerem, o porquê de se magoarem ou serem magoadas ainda é um mistério.
Queremos saber a razão, o segredo, a resposta na parte de trás do livro...
Porque, a ideia de estarmos sozinhos cá em baixo é demais para suportarmos.
Mas no fim do dia, o facto de nos mostrarmos uns aos outros, apesar das nossas diferenças, não importando no que acreditamos, é razão suficiente para continuar a acreditar.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Chegamos a um ponto na vida em que somos oficialmente adultos.
De repente já temos idade para votar, beber e dedicarmo-nos a outras actividades de adultos.
Subitamente, as pessoas esperam que sejamos responsáveis, sérios, adultos.
Mas será que realmente crescemos?
De alguma forma crescemos.
Constituímos família.
Casamos.
Divorciamo-nos.
Mas na maioria das vezes, ainda temos os mesmos problemas que tínhamos aos 15 anos.
Não importa o quanto crescemos, o quanto envelhecemos.
Haverá sempre indecisões.
Teremos sempre curiosidade.
Para sempre... jovens.

domingo, 21 de novembro de 2010

Vemos dependência todos os dias.
É chocante a quantidade de casos que existe.
Isto seria mais fácil se fossem apenas drogas, bebidas alcoólicas e cigarros.
Acho que a parte difícil de conseguir superar um hábito, é querer acabar com ele.
Quer dizer, nós temos dependência por algum motivo, certo? Não.
Muitas vezes, frequentemente, o que começa por ser uma parte normal da nossa vida a certa altura atravessa a linha do obsessivo, do compulsivo e... está fora de controlo.
Esta é a grandeza que almejamos.
A grandeza que faz com que todo o resto... se desvaneça.
O mal dos vícios é que nunca acabam bem.
Porque por fim, o quer que fosse que nos drogasse, deixa de ser bom... e começa a magoar-nos.
Costuma dizer-se que não largamos o vício até batermos no fundo, mas como é que sabemos que já batemos no fundo?
Não importa o quanto uma coisa nos magoa, às vezes, deixá-la, dói ainda mais.
Mas por muito que nos doa, deixá-la… é sempre a escolha mais acertada.
A vida humana é feita de escolhas.
Sim ou não, entrar ou sair, para cima ou para baixo.
E depois há as escolhas importantes… Amar ou odiar.
Ser um herói ou um cobarde.
Lutar ou desistir.
Viver... ...ou morrer. ..
Viver... ...ou morrer.
É essa a escolha importante.
E essa… nem sempre está nas nossas mãos.
A escolha é nossa.
Sim ou não...
Entrar ou sair...
Para cima ou para baixo...
Amar ou odiar...

domingo, 3 de outubro de 2010

EU FUI!!!!!!!!


2 de Outubro - U2 4ME




Mais um bom momento para mais tarde recordar...

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um dos meus livros preferidos figura há anos na minha cabeceira.
Troquei de casa e ele apenas trocou de lado.
Continua ali... Comigo...
Há muito que não o abria...

Cão Como Nós – Manuel Alegre

“Sei muito bem que as pessoas saem dos retratos, sei isso desde pequeno, ma tu não, estás proibido de voltar a fazer o que fizeste esta noite, não posso entrar na sala e ver outra vez a tua moldura vazia.”

“Zanguei-me com toda a gente, não me deixes agora, é em momentos assim que um homem precisa do seu cão.”

“Este filho da mãe podia ser um bom cão, é pena não estar para isso.”

"Alguém falou da tristeza e do vazio do olhar dos animais.
Vi a tristeza, em certos momentos, no olhar do cão. A tristeza de quem quer chegar à palavra e não consegue. Mas não vi o vazio. O vazio está talvez nos nossos olhos.
Quando por vezes nos perdemos dentro de nós mesmos. Ou quando buscamos um sentido e não achamos.
O cão sabia o sentido, o seu sentido. e nunca se perdia."

Uma confissão amorosa do dia a dia do cão, que não sendo humano, era cão como nós.
Quem tem cão ou teve cão, reconhece cada patada, cada atitude, cada asneira, cada alegria, que é descrita no livro.
Ao passar das páginas temos os relatos alternados de um dono de um cão que mesmo depois de este morrer o continua a sentir como se ele se tivesse tornado apenas invisível, como se continuasse a existir.
Ouve-o. Sente-o. Quase que o vê.
Porque o luto, quando perdemos um amigo é tão doloroso como o luto de outro amor qualquer.
Sei o que um dia, cada vez mais breve, me espera…
O meu cão tem 14 anos, e embora continue um “cachorrinho”, este verão pela primeira vez, já notei o peso da idade a querer fazer-se notar.
Mas, por enquanto, ele continua por cá…
Cheio de energia, sempre a tentar entrar na cozinha… e ai vai ele, direitinho ao balde do lixo.
Até a gata se assusta quando vê o “preto” a correr de rompante e a passar por ela.
Mas ele nem a vê…. o balde do lixo é o seu alvo.
Isso ou roubar a bola à Nina constantemente numa brincadeira que ela abomina.
Numa vida de cão, até para ser cão é preciso ter sorte e quantos de nós já não tiveram um cão que sendo um "cão cão" era na realidade um cão como nós, parte de uma mesma família....

O meu paragrafo preferido:

"Nunca como então eu senti o cão tão perto de nós. Sem propriamente ter mudado de feitio, ele estava por assim dizer mais atencioso, seguia-nos pela casa toda, estava, como nós, à espera, como nós, digo bem, como se fosse um de nós. E tenho de reconhecer que era. Um grande chato, sim, um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós".

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Passamos imenso tempo centrados no futuro, a planeá-lo, a trabalhar para ele, mas a determinada altura começamos a perceber que a vida existe no presente.
Não depois de isto... e daquilo...
Agora.
É isto. Está aqui.
Basta um piscar de olhos para a perdermos de vista.
Dissemos,
Eu amo-te?
Nunca mais quero viver sem ti?
Mudaste a minha vida?
Fazes-me tão feliz?
Obrigado por me apoiares?
Dissemos?
Fazemos um plano.
Definimos um objectivo, trabalhamos para ele.
Mas, de vez em quando, devemos olhar à vossa volta.
Absorver tudo muito bem.
Porque é mesmo assim.
Amanhã, tudo pode já ter desaparecido.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quando algo começa, geralmente, não fazemos ideia de como vai acabar.
A casa que queríamos vender torna-se o nosso lar.
Os colegas que tivemos de acolher tornam-se a nossa família.
E o caso de uma noite que tencionávamos esquecer torna-se o amor da nossa vida.
Passamos toda a nossa vida preocupados com o futuro, a planear o futuro, a tentar prever o futuro, como se conhecê-lo pudesse mitigar a adversidade.
Mas o futuro está sempre a mudar…
É no futuro que residem os nossos maiores receios e as nossas maiores esperanças.
Mas uma coisa é certa: quando, finalmente, se revela ... o futuro...nunca é como o imaginámos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Nunca se sabe que o melhor dia da nossa vida vai ser o melhor.
Os dias que julgamos irem ser os melhores nunca são tão importantes como os idealizamos.
São os dias vulgares, aqueles que começam por ser normais, esses são os dias que acabam por ser os melhores.
Nunca sabemos que o melhor dia da nossa vida é o melhor dia... só quando este tem lugar.
Não reconhecemos o melhor dia da nossa vida... só quando já vai a meio.
O dia em que nos comprometemos com algo ou com alguém...
O dia em que o nosso coração é destroçado..
O dia em que conhecemos a nossa alma gémea...
O dia em que percebemos que o tempo não chega... porque queremos viver para sempre.
Esses são os melhores dias.
Os dias perfeitos.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Iniciativa é fazermos o que está certo sem ser preciso que alguém nos diga para fazermos tal.”
(Victor Hugo)

Chegamos a este mundo sozinhos e saímos dele sozinhos. E o que acontece entre um momento e outro?
O mundo é, sem dúvida, daqueles que ousam aventurar-se por caminhos nunca antes explorados.
Pode até existir o medo, mas em compensação existe uma vontade de ir mais alem e de nunca estagnar, que supera tudo o resto.
Carl Sandburg disse: “Sou um idealista. Não sei aonde vou, mas já estou a caminho.”
Pois é, o que importa de facto é pormo-nos a caminho.
E se entretanto mudarmos de opinião em relação ao nosso destino? Alteramo-lo…
Nunca conseguiremos ter a certeza absoluta se a escolhas que fazemos são as mais correctas ou melhores para nós, de qualquer forma há que escolher.
Nunca vamos ter a certeza absoluta do que sentimos até abrirmos o nosso coração.
Nunca vamos ter a certeza absoluta do futuro, mas há que arriscar no presente.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Provocamos traumas. Sofremos traumas. Prosseguimos.
Não importa se somos muito ou pouco fortes, os traumas deixam sempre cicatrizes.
Acompanham-nos até casa, mudam as nossas vidas, mexem connosco.
Mas talvez a questão seja mesmo essa, toda a dor, todo o receio, todas as tretas... será sobreviver a tudo isso que nos faz continuar?
É o que nos impele.
Talvez tenhamos de nos ir abaixo antes de nos erguermos.
Talvez por a vida e a mortalidade estarem sempre diante de nós, que cada minuto da nossa vida é tempo emprestado.
E cada pessoa de quem nos permitimos gostar é apenas mais uma perda, um trauma, algures ao longo da vida.
E empurramos as perdas.. para o mais longe possível.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Exposição Ateliers Permanentes 2009/ 2010


Foi hoje inaugurada na Casa da Cultura de Beja a exposição de alguns dos trabalhos desenvolvidos nos Ateliers Permanentes do ano lectivo 2009/ 2010.
Estão todos convidados a dar lá um pulinho e apreciar trabalhos de azulejaria, cerâmica, fusing, mosaico, desenho e pintura.
Não invalidando os trabalhos feitos nos outros anos, este ano temos alguns originais e muito bons, embora eu seja suspeita a comentar, visto também ter lá alguns trabalhos meus, eh eh.
Quero dar os parabens a todas as minhas colegas pelos magnificos trabalhos que realizámos e agradecer os excelentes pequenos momentos que passámos juntas.
Para o ano há mais, pelo menos é o que espero!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quando somos pequenos, a noite é assustadora porque há monstros escondidos debaixo da cama.
Quando crescemos, os monstros são diferentes.
Dúvidas existenciais... solidão... arrependimento.
E, embora possamos ser mais velhos e mais sábios, ainda damos por nós com medo do escuro.
Dormir… É o mais fácil de fazer, simplesmente fechamos os olhos.
Para muitos de nós, dormir é algo fora do nosso alcance. Queremos, mas não sabemos como o conseguir.
Mas assim que enfrentarmos os nossos demónios, os nossos medos, a noite já não é assim tão assustadora, porque percebemos que não estamos sozinhos no escuro…

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Era uma vez...

Todos nos lembramos das histórias da nossa infância.
O sapato serve à cinderela, a rã transforma-se em príncipe, a bela adormecida é acordada com um beijo.
Era uma vez… e viveram felizes para sempre. Contos de fadas.
O problema é que os contos de fadas não se realizam.
São as outras histórias, as que começam com noites escuras e tempestuosas e terminam como algo indescritível... são os pesadelos que se tornam sempre realidade.
Era uma vez… felizes para sempre.
Os sonhos são feitos das histórias que contamos.
Os contos de fadas não se tornam realidade.
A realidade é mais tempestuosa, mais negra, mais assustadora.
A realidade...

É assim... a vida

Há uma pressão constante para a adaptação às mudanças, mas sem isso damos por nós a regredir em vez de progredir.
Temos de continuar a reinventar-nos, quase a cada minuto, porque o mundo pode mudar num instante... e não há tempo para olhar para trás.
Às vezes, a mudança é uma coisa boa…
Outras vezes, as mudanças são-nos impostas...
Ou simplesmente acontecem por acaso...
E aproveitamo-las ao máximo…
Temos de inventar constantemente novas formas de nos restabelecermos.
Não se pode fingir que nada aconteceu, portanto, mudamos, adaptamo-nos, criamos novas versões de nós mesmos.
Só temos de ter a certeza de que a actual é um melhoramento, relativamente à anterior.

quinta-feira, 8 de julho de 2010



Pequeno momento, grande foto

terça-feira, 6 de julho de 2010

"Já escondi um Amor com medo de perdê-lo..."

Num dia como o de hoje não resisto a partilhar aqui um dos meus textos preferidos:

"Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo... Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir as minhas mãos... Já expulsei pessoas que amava da minha vida, já me arrependi por isso... Já passei noites a chorar até adormecer, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos... Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem... Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram... Já passei horas em frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer desaparecer... Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi... Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta no meu canto... Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir... Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam... Já tive crises de riso quando não podia... Já parti pratos, copos e vasos, de raiva... Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse... Já gritei quando me deveria calar, já me calei quando deveria gritar... Muitas vezes deixei de dizer o que penso para agradar uns, outras vezes disse o que não pensava para magoar outros... Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros... Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz... Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava... Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "acho-me, agacho-me, fico ali"... Já cai inúmeras vezes achando que não me iria reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais... Já liguei para quem não queria apenas para ligar para quem realmente queria... Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava... Já chamei pela minha mãe no meio da noite fugindo de um pesadelo... mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda... Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim... Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre... Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir o meu coração!... Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!... Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão... Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre!Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Podes até empurrar-me de um penhasco que eu vou dizer:
- E então? EU ADORO VOAR!"

Este texto pertence a Clarice Lispector.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ataque da Bia

Estava aqui a transcrever umas palavras de Fernando Pessoa quando notei que ao meu lado estava a minha gatinha, a Bia, tipo biblô, imóvel, com uma expressão quase a derramar meiguice, com os seus grandes olhos azuis abertos e… fixos, nas minhas mãos. E quando ela está assim, quieta e silenciosa como só ela sabe estar, eu já sei o que vai acontecer a seguir… eu vou ser atacada!! Como ela gosta de me atacar os pulsos e os braços quando estou no pc, pc e telemóvel diga-se. E não adianta de nada dizer: “BIA NÂO!! ESTOU A VER-TE!! NÃO FAÇAS ISSO!!”. Nahhhh, a Bia? Deixar-se intimidar? Alguma vez?? Ela olha para mim e volta a olhar para as minhas mãos e só uma questão de segundos para ela aproveitar uma oportunidade e… vai atacar-me, eu já sei. Ataca e foge, vai para a cozinha e volta a correr para outro ataque, numa brincadeira do mais divertida, mas só para ela pois claro! Ela até tem outras brincadeirinhas que gosta de fazer, que até são engraçadas, mas esta é a sua preferida sem dúvida. Como ela se diverte com a sua agilidade! Porque para mim, as suas dentadinhas doiem e bem. Que traquinas que ela é!! É que quando está alguém estranho para ela cá em casa é uma gatinha exemplar, tipo biblôzinha, sentada ao longe, a observar, nem se ouve respirar. O pior é quando a visita se vai embora… sobra para mim, para variar… Mas na maior parte dos dias, tipo todos os dias, é esta diabinha que descrevi de quem o próprio diabo fugia se a encontrasse. Só acaba quando a meto presa debaixo do braço e lhe dou miminhos, o que ela detesta, e a obrigo a ficar assim até conseguir acabar de escrever. Se fizesse um blog para contar as traquinices da Bia tinha material para escrever todos os dias. Bom, hora de ir pôr a Bia na sua caminha... já me dói os pulsos que baste por hoje!

Fernando Pessoa

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Porque tudo nesta vida tem consequências....

Um dia alguém me disse: “ninguém é uma ilha”.
Cada dia que passa concordo mais com essa afirmação.
Tudo o que fazemos, todas as nossas acções, palavras, atitudes, têm consequências na nossa vida. Estas podem criar consequências na vida das outras pessoas, tal como podemos ter consequências das acções de outra pessoa na nossa vida, independentemente de serem intencionais ou não. Algumas são tão pouco significativas que quase nem nos apercebemos delas, outras irão determinar o rumo que a nossa vida irá tomar.
É engraçado como algumas pessoas não têm consciência de até que ponto as suas acções podem levar a consequências que elas absolutamente não compreendem.
Queremos ter tudo e nem damos valor ao que já temos, fazemos escolhas na nossa vida, arrependemo-nos, depois queremos voltar atrás e pedimos desculpa e fingimos que nada aconteceu… Mas não funciona assim, infelizmente os nossos actos têm mesmo consequências, consequências essas com as quais temos de aprender a viver.
Mas não serão as consequências dos nossos actos que nos fazem aprender e crescer?

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A minha primeira vez... (aqui)

É o meu primeiro blog e a primeira vez que escrevo no meu blog. Uauuuu!!! Eu tenho um blog!! E porque todos precisamos de um cantinho para brincar, partilhar, chorar, sorrir... este, este vai passar a ser o meu!