sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Há 200 anos, Benjamin Franklin partilhou com o mundo o segredo do seu sucesso: "Nunca deixar para amanhã, o que se pode fazer hoje", disse ele.
Este é o homem que descobriu a electricidade.
Era de esperar que mais gente lhe tivesse dado ouvidos.
Não sei porque adiamos as coisas, mas se tivesse de adivinhar diria que tem muito a ver com medo.
Medo de falhar, medo de sofrer, medo de ser rejeitado.
Às vezes, é apenas o medo de tomar uma decisão.
Porque... e se estivermos enganados?
E se cometermos um erro que não podemos desfazer?
Seja lá o que for que tememos, uma coisa é verdade, quando a dor de não fazer nada se torna pior do que o medo de fazer, parece que carregamos um grande tumor.
E pensavam que eu estava a falar metaforicamente…
Um ponto a tempo poupa muitos.
Aquele que hesita está perdido.
Não podemos fazer de conta que não nos avisaram.
Todos ouvimos os ditos, ouvimos os filósofos, ouvimos os nossos avós a falarem do tempo perdido, ouvimos o raio dos poetas a dizerem-nos para vivermos o momento.
Mesmo assim, às vezes, temos de ver por nós mesmos.
Temos de cometer os nossos erros.
Temos de aprender as nossas lições.
Temos de varrer a possibilidade para baixo do tapete do amanhã até não podermos mais, até que finalmente percebamos o que o Benjamin Franklin queria dizer.
Que saber é melhor do que especular.
Que acordar é melhor do que dormir.
E que até o maior fracasso, até o pior, o mais crasso dos erros é melhor do que nunca tentar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Há uma pessoa, na minha cabeça.
Ela é brilhante, competente.
Ela sou eu, só que muito melhor.
Mesmo quando era difícil, eu era a pessoa na minha cabeça: "Não consigo fazer isto sozinha."
Mas fechei os olhos e imaginei-me a fazê-lo.
E consegui.
Bloqueei o meu medo.
E consegui.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."

( Madre Teresa de Calcutá )

sábado, 25 de dezembro de 2010

Sabem como, em crianças, acreditávamos em contos de fadas, no Natal, no coelhinho da Páscoa?
Aquela fantasia de como a nossa vida seria… o príncipe encantado que nos levaria para um castelo numa colina.
E, à noite, fechávamos os olhos na cama e tínhamos total e completa fé.
O Pai Natal, a Fada do Dente, o Príncipe Encantado, eles estavam tão próximos de nós.
Mas acabamos por crescer e um dia, abrimos os olhos e o conto de fadas desaparece.
A maioria das pessoas vira-se para aquilo em que confia.
Mas a verdade é que... é difícil esquecer completamente o conto de fadas.
Quase toda a gente ainda tem aquele bocadinho de esperança de fé, de que um dia abrirá os olhos e tudo se tornará realidade.
É como se um dia percebêssemos que o conto de fadas pode ser um pouco diferente do que sonhávamos.
O castelo, bem, poderá não ser um castelo.
E não é tão importante que se seja feliz para sempre.
Só que se é feliz agora.
De vez em quando, muito raramente, alguém pode surpreender-nos.
E, de vez em quando, alguém pode tirar-nos a respiração por momentos.
Quando menos esperamos somos encontrados, por o que temos procurado a vida inteira…

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A inovação é tudo.
Nada se mantém igual por muito tempo.
Ou nos adaptamos à mudança...
Mudança…
Não gostamos dela, receamo-la.
Mas não podemos impedir que chegue.
Ou nos adaptamos à mudança ou ficamos para trás...
Qualquer pessoa que diga o contrário, está a mentir.
Mas esta é a verdade.
Por vezes, quanto mais as coisas mudam mais ficam na mesma.
Por vezes... por vezes mudar é bom.
Por vezes… mudar é... TUDO.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O jogo…
Dizem que ou se tem talento para jogar ou não se tem.
Há quem seja talentoso para o jogo, eu, por outro lado... sou um bocado lixada.
Como eu tinha dito estou lixada.
Não consigo pensar em nenhuma razão para continuar... mas consigo pensar em 1000 razões para desistir.
Dificultam-me a vida de propósito.
Chega uma altura em que é mais do que um jogo... e ou dás esse passo em frente ou dás meia volta e desistes.
Eu podia desistir, mas há uma coisa... adoro o campo do jogo.
Então... tenho sobrevivido a tantas jogadas.
Todos sobrevivemos.
Terei assim tanto interesse em chegar ao final neste jogo?
O que ganho afinal?
O prémio nem vale o desgaste. Nem considero tal como prémio.
Ainda tenho tantos trunfos na mão…
Tenho mais cartas para dar do que para levar…
Nunca joguei para perder, continuo em jogo?
Continuo?
Humm… Não sei, talvez.
Tem tudo a ver com limites.
A meta do fim…
Ficar à espera da oportunidade de lançar os dados.
E o mais importante de tudo: o limite que nos separa de algumas pessoas.
As outras pessoas são demasiado complicadas.
Tem tudo a ver com marcos.
Erguer marcos na areia e esperar ardentemente que ninguém os ignore.
A certa altura, na altura certa, há que tomar decisões.
Os limites não mantêm as outras pessoas à distância.
Eles aprisionam-nos.
A vida até parece complicada.
Somos feitos assim, então podemos desperdiçar a vida a impôr limites... ou podemos vivê-la a ultrapassá-los.
Mas há alguns limites que é demasiado perigoso ultrapassar.
Há outros limites que nem vale a pena ultrapassar, ignorá-los é o pior que podemos fazer, é o trunfo mais forte…
Aqui está o que eu sei: se quisermos arriscar... a vista do outro lado... é espectacular.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Gostamos de pensar que somos seres racionais...
Humanos...
Conscienciosos...
Civilizados...
Pensantes.
Mas quando as coisas se descontrolam, mesmo que só um pouco... torna-se evidente... não somos melhores do que os animais.
Temos polegares opostos...
Raciocinamos...
Caminhamos erectos...
Falamos...
Sonhamos...
Mas no fundo, todos nós ainda estamos enraizados no lodo primitivo, mordendo, arranhando, lutando por uma existência no frio, como no mundo sombrio dos sapos e das preguiças de três dedos.
Há um pequeno animal em todos nós, e talvez seja algo para celebrar.
O nosso instinto animal é o que nos faz procurar conforto, calor humano, um grupo com quem andar.
Podemos sentir-nos enjaulados...
Podemos sentir-nos presos... mas ainda assim, como humanos, podemos encontrar formas de nos sentirmos livres.
Somos os guardiães uns dos outros.
Somos os guardiães da nossa própria humanidade.
E mesmo que haja uma besta dentro de todos nós, o que nos distingue dos animais é que podemos pensar, sentir, sonhar e amar.
E contra todas as expectativas... contra todos os instintos... nós evoluímos.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Passamos os dias todos rodeados de pessoas em grandes crises.
Perdemos a habilidade de julgar o que é normal em nós próprios ou em quem quer que seja.
E ainda assim, estão constantemente a pedir-nos que digamos como hão-de fazer.
Como é suposto sabermos?
Nem nós sabemos como fazer.
Não me pergunto a razão por que as pessoas ficam malucas.
Pergunto-me porque não ficam face a tudo o que podemos perder num dia, num instante, pergunto-me o que nos faz ser coerentes.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

"Hoje em dia conhecemos o preço de tudo e o valor de nada"
(Óscar Wilde)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Eu continuo a sonhar que tenho tudo isto...
Eu estou sempre à esperar por esse algo mais…
Eu continuo a desejar…
Mas em breve algo irá resplandecer.
Tudo vai mudar...
E eu mal posso esperar por hoje e mal posso esperar por amanhã.
E na minha mente isto parece errado.
Mas eu vou viver hoje e eu vou viver amanhã.
Não importa o que será dito ou feito.
Mesmo se estiver errada, não me sai da minha cabeça.
Eu vou continuar à procura…
Eu vou ser cautelosa…
Mas cedo eu irei resplandecer…

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Na vida só há uma coisa certa, para além da morte e dos impostos claro, por muito que tentemos, por muito boas que sejam as nossas intenções, vamos cometer erros.
Vamos magoar pessoas.
Vamos ser magoados.
E se alguma vez quisermos recuperar... só há uma coisa que podemos fazer: Perdoar e esquecer.
É o que se costuma dizer.
É um bom conselho, mas não é muito prático.
Quando alguém nos magoa... também a queremos magoar.
Quando alguém erra connosco... queremos estar certos.
Sem perdão, não se segue em frente... as feridas não saram.
E o que mais podemos desejar é que um dia, tenhamos sorte suficiente para esquecer.