sábado, 22 de outubro de 2011

Migalha

Estive aqui em casa uma gatinha que me tocou o coração.
Dei-lhe o nome de Migalha.
É esta menina:



Era a migalhinha mais querida que andava aqui aos saltos pelo chão da casa.
Andei tentada em ficar com ela, mas lá veio uma familia que a quis.
Hoje, por motivos de saude da nova dona, ela teve de voltar.
Por sorte já outra familia estava a espera de uma gatinha, por coincidência quase à porta da minha casa.
Espero que ela agora tenha finalmente o lar que merece, porque se voltar cá a casa daqui já não sai.
Ela, de todos os gatinhos pequenos que têm passado na minha casa este verão, realmente é a mais especial, pelo menos foi para mim.
Ela tinha um brilho diferente.


Vai ser sempre a minha Migalhinha.

domingo, 16 de outubro de 2011

A questão é: quem quer que tenha dito "o que não sabemos, não nos magoa" era um perfeito idiota.
Pois, para a maioria das pessoas que conheço não saber é a pior sensação do mundo.
Pronto, está bem, talvez seja a segunda pior.
Há tantas coisas que temos de saber.
Temos de saber se temos o que é preciso.
Mas, como seres humanos, por vezes é melhor ficarmos às escuras.
Porque quando estamos às escuras pode surgir o medo... mas surge também a esperança.

sábado, 15 de outubro de 2011

Limites.
Existe um risco na minha vida, um limite para algumas pessoas.
Transpor a linha sem autorização não será tolerado.
De um modo geral, os limites existem por um motivo.
Pela segurança. Pela protecção. Pela clareza.
Os que decidirem passar os limites, fazem-no por sua conta e risco.
Então, por que motivo... quanto mais rígido for o limite, maior é a tentação de o transpor?
Não o conseguimos evitar.
Se vemos um limite, temos de o transpor.
Talvez seja a emoção de trocar o conhecido pelo desconhecido.
Uma espécie de desafio pessoal.
O único problema é, assim que o transpomos, é quase impossível voltar atrás.
Mas, se conseguirmos retroceder e transpor esse limite, encontramos segurança na quantidade.

domingo, 9 de outubro de 2011

Vamos pela vida como touros numa loja de porcelanas.
Uma falha aqui, um fragmento ali.
A magoarmo-nos a nós mesmos e às outras pessoas.
O problema é tentar perceber como controlar os danos que infligimos ou que nos infligiram a nós.
Às vezes, os danos apanham-nos de surpresa.
Às vezes, achamos que podemos reparar os danos.
E às vezes, os danos são algo que nem podemos ver.
Trazemos as feridas connosco da infância, depois, em adultos, retaliamos.
Em última instância, todos causamos danos.
E depois, começamos a tentar reparar... aquilo que podemos.