domingo, 27 de fevereiro de 2011

Na vida, aprendemos que há sete pecados mortais.
Todos conhecemos os grandes: Gula, orgulho, luxúria.
Mas o pecado de que menos se ouve falar é a ira, a raiva.
Talvez por acharmos que a raiva não é perigosa, que a podemos controlar.
Talvez não se dê à raiva o devido crédito.
Pode ser muito mais perigosa do que aquilo que pensamos.
Afinal, quando se trata de comportamento destrutivo... está no topo dos sete.
Então, o que torna a raiva diferente dos outros seis pecados mortais?
É muito simples, na verdade.
Sucumbimos a um pecado como a inveja ou o orgulho, e só nos magoamos a nós.
Se tentarmos a luxúria ou a inveja, só nos magoaremos e provavelmente a uma ou duas pessoas mais.
Mas a raiva... A raiva é o pior.
A mãe de todos os pecados.
A raiva não só nos pode levar ao limite, mas quando o faz, pode levar muita gente atrás.
Limites.
Existe um risco na minha vida, um limite para algumas pessoas.
Transpor a linha sem autorização não será tolerado.
De um modo geral, os limites existem por um motivo.
Pela segurança. Pela protecção. Pela clareza.
Os que decidirem passar os limites, fazem-no por sua conta e risco.
Então, por que motivo... quanto mais rígido for o limite, maior é a tentação de o transpor?
Não o conseguimos evitar.
Se vemos um limite, temos de o transpor.
Talvez seja a emoção de trocar o conhecido pelo desconhecido.
Uma espécie de desafio pessoal.
O único problema é, assim que o transpomos, é quase impossível voltar atrás.
Mas, se conseguirmos retroceder e transpor esse limite, encontramos segurança na quantidade.
Os seres humanos precisam de muitas coisas para se sentirem vivos.
Segurança. Família. Amor. Sexo.
Mas só precisamos de uma coisa para estarmos vivos... precisamos de um coração que bata.
Quando o coração está em perigo há duas formas de reagir, ou corremos ou atacamos.
Há um termo científico para isto: lutar ou fugir.
É o instinto.
Não podemos controlá-lo.
Ou podemos?
Um coração acelerado pode indicar algo, desde pânico a algo muito muito mais sério.
Um coração que bate irregularmente ou um que falha um batimento pode revelar uma maleita secreta ou pode ser revelador de romance... que é o maior problema de todos.
Parece que não temos qualquer controlo nos nossos corações.
As condições mudam sem aviso prévio.
O romance faz o coração pular, tal como o pânico.
E o pânico... pode fazê-lo parar de bater.
Não admira que os médicos passem tanto tempo a tentar estabilizar um coração, a abrandá-lo, a ritmá-lo, a regulá-lo, a impedir que o coração salte do peito, perante algo terrível.
Ou devido à antecipação... por qualquer outro motivo.

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