"Amanhã é sempre longe demais"

Para palavras…

Gestos…

Actos…

Quantas vezes não deixamos "coisas", situações, resoluções, pedidos, desejos, ambições, partilhas, revelações… e tanto que não me lembro mais... para “Amanhã”…?
É certo e sabido que devemos degustar as "coisas" devagarinho, contudo, a efemeridade da vida deixa-nos numa ilusão real, por vezes aparentemente cómoda , da relatividade de tudo!!!
Quantas vezes não me apeteceu dizer a alguém "gosto da tua companhia..."
Ou então "gosto de ti..."
Ou ainda "gostava de poder repetir 'isto ou aquilo…"
Ou desafiar a vida…
Ou entrar em projectos diferentes e novos…
Ou cometer loucuras saudáveis…
Ou sair como se não houvesse amanhã…
Ou fazer tantas outras coisas como que se o “amanhã” fosse tão certo como o vento num remoinho… sabemos que gira, não sabemos é para onde, nem de onde, nem que estragos vai causar…
Por vezes fazemos tudo isto e muito mais, e que bom que é degustar a vida...
Que bom que é partilhar a degustação da vida...
Tudo isto, assim só por um motivo: "Porque amanhã é sempre tarde demais..."
Não é fácil libertar-nos de nós mesmos... é uma tarefa complicada segundo se consta...
Mas quando nos começamos a descobrir, a conhecer verdadeiramente… começamos a degustar a nós mesmos!!!
As “coisas” só têm importância porque criamos laços, quando as cativamos, porque tal como na historia do "Principezinho" as “Rosas” só são únicas e bonitas porque cuidamos delas, porque as regamos, as abrigamos, e assim tornam-se únicas... tão somente porque cuidamos delas!!!
Tal como as pessoas, quando as cativamos, quando as abrigamos e as “regamos”, tornam-se únicas para nós..
Porque estamos dispostos a fazer tudo isso... a partilhar... a cativar...
E temos que ser responsáveis por tudo aquilo que cativamos!!!
Certamente construiremos neste caminho um jardim único... mas isso dá muito mas muito trabalho e é preciso ter paciência e perder, ou antes ganhar, tempo a degustar...
E tudo porque… "Porque o amanhã é sempre tarde demais..."